Textos


Repentistas do Brasil


Folclore brasileiro,
poesia arretada;
se o pandeiro é presente
vira a tal de embolada.
Sua flama empolga,
contamina a platéia;
quando toca a viola
todo o mundo se enrosca,
e aí tem cantoria.
Mas se for à capela
vem com a mesma alegria,
só muda de nome:
entoada é magia.
Disputas inflamadas
em muitas alegorias.
Improviso de almas
no canto e no cordel;
remonta aos velhos tempos
do trovador menestrel,
folhetos e graças
em cordas no papel.
Nordeste sol e festa,
há sempre um desafio,
disputas e lorotas
abolir é impossível.
Presente também no Sul,
mas diferente no tom;
além do violão,
sinfonia de acordeon;
a trova e a pajada
caminham juntas na estrada,
desejo de paz consagrada.
Mais que arte popular,
tradição a preservar:
Eu vos saúdo,
Repentistas do Brasil!
 
Rogoldoni
02 02 2012

Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 02/02/2012
Alterado em 19/02/2012


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