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Choro, então!

A saudade chega devagar.
Instala-se sem a minha permissão,
propaga-se de forma irregular
e começa a inundar meu coração!

Mas chorar?
- Eu não!

Afoga meu peito em tumultos,
desequilibra a mente sem piedade,
confunde as emoções sem sanidade,
qual olho de um imenso furacão!

Mas chorar?
- Eu não!

Estabeleço limites com rigor:
revogo qualquer intimidade,
não venha me ditar normalidade,
sou livre em discreta solidão.

Choro, então!

Rogoldoni
26 07 2010

Poesia publicada na Antologia Poemas à Flor da Pele, vol. 5 Editora Somar, de Porto Alegre 2012
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 18/09/2010
Alterado em 05/10/2014
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