FANTASIA DE POETA
Sim,
escrevo,
ou melhor,
rascunho.
Rascunhando tento passar a vida a limpo.
Triste engano:
não há tempo!
Deixo rastros nas palavras
que não podem ser apagadas,
por dentro!
No papel acredito-me poeta,
tal Nerudas e Florbelas,
fantasio o momento!
Que se recobre de alegria,
às vezes monotonia,
e, quase sempre,
lamento!
No bloco do eu-sozinho
desfilo sem rota ou caminho,
prossigo!
Rogoldoni
01 10 2010
Publicada na Antologia Café com Verso vol. 3 2014, Editora Delicatta, SP
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 01/10/2010
Alterado em 18/07/2014
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