Van Gogh
Van Gogh me seduziu,
desde criança entrigou-me;
seu traço nada gentil
desde então fascinou-me.
Loucura, irreverência, mudança?
Mutilação tão discutida!
Demência ou uma briga?
Gauguin do céu que o diga!
Versões para o fato não faltam
sem orelha no Auto-Retrato.
Virginie, a amante e puta...
Vingança, coisa de gente maluca?
Em vão tenta vender seus quadros.
Não aceitam ... isto é um escracho!
Mas ninguém ainda entendia
o valor do pós-impressionista.
Para Auvers-sur-Oise mudou-se,
apostando no Dr. Gachet;
num modesto quarto instalou-se
mas a cura ele não a vê.
Theo, seu irmão o enganava
dizendo que quadros vendia.
Em Paris ninguém se empolgava
mas dinheiro do irmão recebia.
Hoje lado a lado descansam,
irmãos para a eternidade.
Certo é que agora festejam
este exemplo de fraternidade.
Até hoje você me fascina,
seu quarto e seus girassóis.
E o vagabundo sublima
a arte que chegou até nós.
Nos deixou um presente fecundo:
a arte mais cara do mundo!
Rogoldoni
2009
Ao meu pintor preferido.
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 12/10/2010
Alterado em 02/12/2012
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