UM ESTRANHO NO PALCO DA VIDA
Rever-te não foi agradável.
Um quê artificial e, no palco,
um estranho.
Não me comove nem surpreende,
tua postura displicente
de sofredor em potencial.
Imagem pré-definida,
estudada e adquirida,
tornou-se habitual!
Lamento, é deprimente!
Mude a estratégia, urgente,
concretize esta decisão!
Depois, quem sabe, sem pressa,
trocando o contexto da peça,
eu venha a te estender a mão.
Cansei de servir de platéia
de um ator sem talento e visão.
Rogoldoni
28 05 2011