Diante de tantas notícias veiculadas sobre a greve do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, uma das instituições mais respeitadas pela população, relembrei meu filho menino, seu avô (meu pai) e os passeios proporcionados ao neto no Quartel da Instituição, próximo à sua residência.
Já conhecido no quartel, quando chegava com o neto (então com 5 anos), era guiado por um soldado designado pelo Oficial de Dia e passeava por entre carros, espaços destinados ao treinamento e voltava sempre encantado com “o moço de farda que apaga o fogo”, com o carro “que leva água”, “escada mágica” que salva vidas.
- Vô, quero ser Bombeiro quando crescer!
- Meu neto, o futuro vai dizer.
O Bombeiro é um militar: muitas regras e hierarquias a respeitar.
O Civil também está sujeito a normas e hierarquias.
Sei que a diferença é o rigor da aplicabilidade destas normas e os mandos e comandos inquestionáveis da vida militar.
Mas Bombeiro é cidadão: pai, filho, marido e irmão.
Bombeiro é herói aos olhos de uma criança ou de um adulto que entende os riscos da sua profissão.
Bombeiro paga aluguel, faz mercado, compra remédio, não tem vale transporte nem pode à familia dar suporte com um salário em torno de R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais).
Não aprovo baderna, quebra-quebra, destruição, seja do bem público ou privado.
Excessos não são benéficos.