Lua Esparramada
Há dias em que a lua
cheia de atrevimento,
sequer pede licença:
invade minha varanda,
esparrama-se pelo chão.
Observo, ali, parada,
completamente extasiada,
relembro a velha canção:
mas “de rondas”, hoje não!
Tento costurar versos:
uso as linhas do horizonte.
Os pontos se dispersam
à cata de uma nebulosa,
aquelas, de reflexão.
O poema um tanto assustado,
recolhe-se ensimesmado,
e recluso-me sem inspiração.
Quem sabe, amanhã um bordado,
com alguns raios prateados,
respinguem das minhas mãos.
Rogoldoni
23 01 2012
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 23/01/2012
Alterado em 06/09/2012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.