Ando pelas ruas,
sozinha,
noite tranquila.
Observo
o movimento nos bares:
não há disfarces.
Profissionais sem máscaras
fazem saudáveis arruaças.
Relembro meus tempos de happy hour:
de terça a sexta, todas plenas de graça.
Turma animada!
Houve tempo de segundas sem lei:
como sofria o barman!
Hoje, o chope regrado,
sem metro e copo “furado”
acomoda-se sob pressão.
O tempo não manda recado,
tem ponteiros cravados nas mãos.
A saudade é o grande legado,
alegrias o melhor quinhão.
Rogoldoni
05 10 2012