Tenho crises existenciais
como todos os normais.
Muitas vezes arredia:
não sou boa companhia!
Outras, efusiva:
uma festa a cada dia!
Ando de mãos dadas comigo.
Há momentos em que me perco,
sinto saudades de mim.
Egoísmo?
Não me importo,
eu me amo mesmo assim!
E, por me amar,
tenho amor a repartir.
E reparto com carinho
mesmo que se neguem a retribuir.
Vivo crises existenciais:
intervalos reflexivos,
investigações emocionais.
Alguns me intitulam poeta.
Aproveito, uso e abuso,
escrevo tais absurdos,
confissões em versos plurais!
Rogoldoni
14 10 2012
Publicada na Antologia Mulheres Fascinantes vol. II.
2013 SP Editora Delicatta