O ribeirão adormecido,
manso,
tranquilo,
acordou em meio a um pesadelo.
Triste descrevê-lo
enfurecido,
devorando margens,
árvores indefesas,
plantações de tomates-cereja.
Invadiu casas,
destruiu sonhos:
perdeu-se do curso traçado
percorrendo um caminho bisonho.
Depois de tantos estragos
o ribeirão desaguou:
refez-se transparente e piscoso
assim que a chuva passou.
Rogoldoni
16 11 2012