Há sombras
que me acompanham.
Reais ou imaginárias,
fazem parte da minha jornada.
Sombras
que me abrigam do sol
nos verões impiedosos;
as que projetam a lua
nas noites de grata luxúria.
Há sombras de ansiedade,
quando, à noite, pela cidade
busco o caminho de casa.
Há sombras do passado...
Merecem atenção especial:
trato-as com muito respeito
sem transformá-las em tormento.
Imponho-lhes velocidade de escape,
em detrimento à gravidade.
Distanciamento estratégico,
procedimento asséptico,
mais que lavar as mãos:
assepsia de sentimentos e emoções.
Rogoldoni
10 08 2012