Sozinha na Lapa,
mesa na calçada,
cerveja e boemia.
Aguardo amigos,
mas,
por enquanto,
observo os passantes
da freguesia.
A sexta se movimenta
sem máscaras.
As faces se multiplicam,
bares se socializam
e, a corda que abre o final de semana,
se solta.
Quase uma constante:
celulares e operadoras radiantes.
- “Compra uma bala, madame?”
- Não obrigada!
- “Então me dá um salame?’
Assim é a Lapa:
o casario iluminado vibra
como século passado.
Alguém me chama:
amigo chegando.
Nossa festa vai começar.
Recolho a garrafa,
entro no bar:
agora é sorrir
e
deixar rolar!
Rogoldoni
08 03 2013