Do Outro Lado da Rua
Varandas e sacadas invadem
minha sala.
Foi-se o tempo em que minha janela
abria-se para o mundo.
Cuidadosa,
semicerro as cortinas.
E, no entanto,
não sei viver em gaiolas:
foram-se os últimos raios de sol
e a estrela vespertina.
Senhores do outro lado da rua:
eu, Vésper e a lua temos um encontro marcado
entre as taboas do charco,
antes que as primeiras gotas de orvalho se insinuem.
A vós, as sacadas!
Rogoldoni
30 09 2014
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 30/09/2014
Alterado em 01/10/2014
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