Um Verão Abrasador
Fiava novelos com a espuma do mar.
A manta que a envolvia flutuava na beira da praia.
Imantada,
dançava
e
gravitava no vai-e-vem da maré.
Insana
entregou-se ao tempo do nunca
nas terras dos sem ninguém.
Só a estrelas testemunhavam
o delírio daquela sereia em caldas de frutos do mar.
Marejou centelhas de algas marinhas e
adormeceu nos braços de Iemanjá.
Delírios de um verão abrasador!
Rogoldoni
02 02 2018
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 04/02/2018
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