Há uma ponte imaginária entre dois mares
a ligar o Atlântico Sul e o Leste Mediterrâneo.
Facilita o estreitamento de amizades:
uma cultura milenar e uma jovem a consolidar-se.
Alguns milênios de história não impedem a troca de cordialidades e experiências.
O cedro e o ipê acolhidos, simbolismo paralelos e simultâneos.
Líbano e Brasil numa saudável e frutífera convivência,
multifrequência em vibrações religiosas.
Flores, sabores e texturas,
“blakava”, hortelã, especiarias,
damascos, pistaches, melancias...
Mil e uma noites entre delícias
enquanto o sândalo derrama-se sobre o jardim.
A dança, sete rituais,
o ventre remexe-se em volteios,
quadris retorcidos entre véus
festejam a vida... enleios.
Com Gibran aprendi sobre filhos,
presente divino em novas pinceladas.
Celebremos essa jornada compartilhada
em fraterna e cultural efervescência:
o conhecimento abraça e saúda a causa.
Rogoldoni
25 07 2021
Este poema foi dedicado a uma amiga de ascendência libanesa, cujo nome aparece publicado no livro.
Pertence à Antologia
"À Sombra do Cedro do Líbano",
promovida pelo Clube Monte Líbano, RJ, em comemoração aos 75 anos de Fundação.
Passou a integrar o Núcleo de Autores de Literatura Lusófona e Árabe Libanesa, com inauguração de placa comemorativa na sala da Diretoria em 09 12 20121.