Eram noites de devaneio.
Sentava-se sob a luz da lua para trocar confidências:
intimidade conquistada nos versos a festejar sua presença.
Na verdade,
monólogo nutrido por um bom vinho e alguma insanidade.
Nada grave,
coisas de um amor ensimesmado,
que necessitava de abraços,
enquanto as estrelas
deixavam-se ofuscar pelo manto de luz a varrer constelações.
Tempos de pressas e açodamentos,
onde o correr dos ponteiros
desorientavam a razão.
A emoção corria frouxa
no sorriso escancarado
ou na lágrima recolhida.
Hoje,
sua intimidade suspira na fotografia,
viaja entre cliques e compassos de respiração.
Tudo se acalmou nos amores de então!
Rogoldoni
01 08 2023
https://rascunhosdarogoldoni.blogspot.com/2023/08/dos-amores-de-entao.html