O silêncio invade a casa e
percorre os labirintos do (não) ouvido.
Em Terras de Alice,
o tempo corre tal um coelho alucinado,
não tem tempo para esquecer o passado.
O presente escorre
pelos ponteiros do relógio maluco
atrás de um futuro
que se esconde no fundo de uma cartola mágica.
Sinais de vida humana
no críquete real,
a rainha louca vence a partida
onde a sorte não foi lançada.
Lá,
onde a maravilha repousa,
o gato de Cheshire sorri da espantada Alice
e seus desafios.
Entre chás e bolos de um lanche sobre a relva
despertamos,
eu e Alice,
nos braços de um raio de sol.
rosangelaSgoldoni
28 05 2024
https://rascunhosdarogoldoni.blogspot.com/2024/06/eu-alice-faz-de-copas.html